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Genoíno pede boicote a empresas de judeus e comunidade israelita brasileira reage

Conib emitiu nota de repúdio às declarações do ex-presidente nacional do PT; Luiza Trajano (Magazine Luíza) a atriz Bruna Lombardi e a microbiologista Natalia Pasternak são algumas personalidades que assinaram o abaixo-assinado que pede a retirada de apoio do Brasil às investigações contra Israel por suposto genocídio

Por Wagner FerreiraApós José Genoíno sugerir em uma live o boicote a empresas de judeus, a Confederação Israelita do Brasil (Conib) soltou uma nota de repúdio às declarações do ex-deputado e ex-presidente nacional do PT. Na gravação, exibida no sábado (20), Genoíno critica o abaixo-assinado feito por empresários contra o apoio do Brasil à investigação de Israel por genocídio; o petista sugere um possível boicote a “empresas de judeus”. “Essa ideia da rejeição, essa ideia do boicote por motivos políticos, que fere o interesse econômico, é uma forma interessante. Inclusive ter esse boicote a determinadas empresas de judeus”, disse.

Genoíno disse ainda, que o país deveria deixar de fazer negócios com o governo israelense. “Há por exemplo boicote a empresas vinculadas ao estado de Israel. Inclusive eu acho que o Brasil deveria cortar as relações comerciais na área da segurança e na área militar com o estado de Israel”, completou.

Em resposta, a Conib classificou a fala como antissemita e destacou que o antissemitismo é crime no Brasil. “O boicote a judeus foi uma das primeiras medidas adotadas pelo regime nazista contra a comunidade judaica alemã, que culminou no Holocausto”, diz a nota.

A Conib fez um apelo ainda às lideranças políticas brasileiras pedindo moderação e equilibro em relação ao conflito no Oriente Médio. E destacou que “falas extremadas e em desacordo com a tradição da política externa brasileira” podem importar as tensões daquela região ao nosso país.

Um dos participantes da live revela que a dona do Magazine Luiza, Luiza Trajano, é uma das personalidades que assinaram o abaixo-assinado.

Ainda compõem a lista a atriz Bruna Lombardi, a microbiologista Natalia Pasternak, que ficou bastante conhecida por suas entrevistas durante o período de pandemia da covid-19, a ex-ministra do STF, Ellen Gracie, o CEO da Natura, Fábio Colletti Barbosa, o presidente da Suzano, Walter Schalka, o CEO da rede Petz, Roberto Giannetti da Fonseca e Artur Grynbaum, vice-presidente do conselho do Grupo Boticário.

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