Moradores de Piatã reclamam dos constantes congestionamentos nas Ruas Pasquale Gatto e da Gratidão
Por Wagner Ferreira – Moradores dos condomínios Reserva, Flex, Colina de Piatã, e outros reclamam dos constantes engarrafamentos que se iniciam sempre às 6h30 da manhã, de segunda a sexta-feira, na Rua Pasquale Gatto, que emenda com a da Gratidão, em Salvador. Um dos motivos é a construção de novos empreendimentos imobiliários na região. E a situação deve se agravar com a inauguração de uma escola municipal, que já foi anunciada pelo prefeito Bruno Reis, em fevereiro.
O conjunto de edifícios chama à atenção de quem trafega pela Avenida Orlando Gomes, via que liga a Orla de Piatã à Avenida Luís Viana Filho (Paralela). Esta é uma das regiões da capital baiana que mais recebeu empreendimentos imobiliários nos últimos 12 anos.
A localidade então remota, ganhou vida com a chegada de condomínios de classe média, os chamados “condomínios clube”, que dispõem de ampla estrutura de lazer como piscina, academia, salões para eventos e quadras poliesportivas. Trata-se de uma extensa área, com colinas abraçadas pelo Bairro da Paz e margeada pelo que restou do Rio Jaguaribe: o Alto do Coqueirinho.
Por motivos estéticos e comerciais, os empresários do ramo imobiliário passaram a chamar o lugar de Piatã, após iniciarem os anúncios da vendas dos primeiros lotes por lá.
Recentemente, a região tem recebido novos empreendimentos e visto o seu fluxo de veículos aumentar, o que fez a ocupação extrapolar. Sem planejamento, a infraestrutura está em colapso e um dos efeitos são os constantes engarrafamentos, seguido por ausência de espaços de estacionamento na área externa dos condomínios, instalação de food trucks de forma desordenada, além de poucas opções de transporte público.
Bairro da Paz – Atualmente, a localidade é atendida por dois supermercados, uma farmácia, além das opções existentes no vizinho Bairro da Paz, antiga Malvinas. A ocupação remete ao início dos anos de 1980, época do conflito entre Argentina e Inglaterra pela disputa das Ilhas Malvinas, ou Falkland para os ingleses.
É urgente uma solução para um problema que ainda está em seu início e, por isso, a importância dos atores políticos que se dizem representantes do “colonos soteropolitanos”. Ainda é cedo, a ocupação das novas unidades habitacionais ainda está em curso, o que facilita a resolução dos inconvenientes.
Somente nas torres do Colina de Piatã, são aproximadamente 2 mil moradores, somados aos demais imóveis, tendo em sua grande maioria pelo menos um veículo cada, com uma só via, onde todos saem ao mesmo tempo no horário de ida para o trabalho. Dito isso, não precisa ser muito bom em matemática para saber que o resultado dessa conta não será positiva.
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