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Fotografia de still em “Revoada” é um artifício de sedução da arte de Calil Neto

O fotógrafo, que virou produtor rural, é responsável por todas as cenas das filmagens, nos ambientes agrestes da locação e na Chapada Diamantina, que têm chamado a atenção do longa nacionalmente

(Divulgação)

Por Albenísio Fonseca – Fotógrafo de “still”, em cinema, é um profissional que trabalha durante as filmagens. Registra as imagens das cenas e dos técnicos envolvidos na realização do filme, inclusive e notadamente, do diretor. Mas, essencialmente, captura o transcorrer das ações. A atividade requer, sem dúvida, um olhar atento e minucioso.

Ou, tanto quanto, bastante técnica, talento artístico e estratégico para a produção das imagens. Afinal, essa função está relacionada aos bastidores, como diríamos de um making of, e às peças da divulgação de um filme, no que é preciso provocar nas pessoas a vontade de assistir e, do mesmo modo, saber vender a proposta do filme, tal qual um artifício de sedução.

Mas fotografia de still de cinema não se refere somente à captação das cenas, pois também se adota o termo, no âmbito da publicidade, para a definição do que se passou a designar por “still de fotografia de produto”.

Calil Neto, o fotógrafo de still

Em “Revoada” – a última vingança do cangaço, longa-metragem de José Umberto Dias, que segue dobrando semanas em cinemas de capitais e cidades Brasil a dentro, a tarefa da fotografia still coube ao fotógrafo Calil Neto, o primeiro nas fotos acima.

São dele todas essas cenas super expressivas das filmagens, nos ambientes agrestes da locação, na Chapada Diamantina, que tanto têm chamado a atenção e nos seduzido com a divulgação e lançamento do filme em âmbito nacional.

Ficam patentes em suas fotos toda a carga dramática da violência e desespero contida no filme – uma ficção com um pé na história, ressalte-se – que sinaliza o crepúsculo do cangaço, essa forma singular de banditismo no Nordeste do Brasil.

Calil, que abdicou da atuação como fotógrafo para converter-se em produtor rural, revela ter conhecido José Umberto enquanto este buscava locações para as filmagens de “Revoada”: “Sim, conheci o roteirista e diretor subindo e descendo montanhas, entrando nas lapas e percorrendo a Chapada Diamantina, sempre buscando ouvir histórias de Virgulino Ferreira, o Lampião”.

“Pouco depois”, continuou, “junto a uma equipe muito competente, trabalhei com prazer e dedicação à fotografia still durante as filmagens. Agora, com “Revoada” alcançando as telas dos cinemas do Brasil, sendo exibido para tantos, me sinto muito feliz com a realização de José Umberto, desejando grande sucesso a seu filme. “Revoada”, sempre!”, exortou Calil Neto.

(Divulgação)

Um beatnik da Chapada

Já José Umberto diz, também, lembrar que se aproximou de Calil quando buscava as locações do filme. “Não recordo quem me apresentou a ele. Morava numa casa em um sítio em Lençóis e o que logo me chamou a atenção nele foi uma grande motocicleta: parecia um beatnik da Chapada”.

-Nessa época ele fotografava, agora, como me garantiu, não fotografa mais. Calil, atualmente, é um recluso nas brenhas paulistanas: nem sei se ele gosta de que a gente fale assim. Enfim, um homem sucinto que nos sugere um daqueles que “fala com os passarinhos” no seu sítio paulistano habitado por índios.

Conforme José Umberto, “Calil abraçou o filme com carinho, afeto e desprendimento. Eu até esquecia dele nas filmagens: era sempre uma espécie de presença discreta, mas só aparentemente ausente. Não imaginei que fosse tão produtivo”.

Umberto conta que “ele fotografava dentro da própria cena e nem enxergávamos a figura dele em ação. Era o silêncio em pessoa, uma sombra. Não perturbava e era um trabalhador fiel à sua ocupação silenciosa e ‘manêra'”, avaliou.

Em imagens fixas, o espírito do filme

Ainda segundo o cineasta, “ao final das filmagens, me brindou com um DVD contendo as dezenas de fotos contundentes que produzira. Ele registrou em imagens (fixas, congeladas) o ‘espírito’ do filme. Um still que reverbera toda a documentação de um trabalho árduo do cinema baiano”.

O certo é que, enfatizou José Umberto, “Calil Neto realizou de modo brilhante, o inventário imagético do nosso audiovisual. Cumpriu seu papel com fidelidade, agilidade e elegância, surpreendendo-nos com sua artesania e o seu cabedal de sensibilidade”, estipulou.

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