Prevenção e detecção precoce são essenciais para salvar vidas

Redação Mais – O câncer do colo do útero permanece como uma das principais causas de morte entre mulheres no Brasil. Para este ano, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima 17.010 novos casos, com uma taxa bruta de incidência de 15,38 casos por 100 mil mulheres. Durante o Março Lilás, campanhas de conscientização reforçam a importância dos exames preventivos e do acesso a tratamentos modernos. Em Salvador, especialistas do Hospital Mater Dei Salvador (HMDS) destacam avanços no diagnóstico e no combate à doença.
O principal fator de risco para o câncer do colo do útero é a infecção persistente pelo Papilomavírus Humano (HPV), transmitido principalmente por via sexual. Medidas preventivas, como a vacinação e o exame de Papanicolau, são altamente eficazes na redução da incidência e mortalidade da doença.
Prevenção – A principal forma de prevenção é a vacina contra o HPV, disponível para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. A vacina pode prevenir cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero e 90% das verrugas genitais. No entanto, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre a idade de aplicação e se a vacina é indicada tanto para meninos quanto para meninas. Esclarecer essas questões é fundamental para ampliar a adesão à vacinação e reduzir os casos da doença.
Além da vacinação, o exame preventivo (conhecido como Papanicolau) deve ser realizado periodicamente por todas as mulheres após o início da vida sexual. Esse exame é capaz de detectar alterações pré-cancerígenas precoces, que, se tratadas, são curadas na quase totalidade dos casos, impedindo a evolução para o câncer. “O exame de Papanicolau é essencial para a detecção precoce de alterações celulares que podem evoluir para o câncer”, explica o coordenador da oncologia clínica do HMDS, Cleydson Santos. Ele destaca que, quando identificado na fase inicial, o tratamento tem altas taxas de sucesso. “A prevenção é a melhor estratégia, e a vacinação contra o HPV deve ser incentivada desde a infância.”
Avanços – O avanço tecnológico também tem sido um aliado no combate à doença. “Nos estágios iniciais, o tratamento pode envolver procedimentos menores, como a conização ou maiores como a cirurgia de histerectomia (retirada do útero). Em casos mais avançados, a radioterapia e quimioterapia são as melhores escolhas”, afirma o cirurgião oncológico do HMDS, André Bouzas. “Cada caso precisa ser avaliado individualmente para definir a melhor abordagem”.
Uma das inovações no tratamento cirúrgico é a cirurgia robótica, disponível no HMDS. “A cirurgia robótica nos permite maior precisão e controle durante o procedimento, reduzindo o risco de complicações e promovendo uma recuperação mais rápida para as pacientes, mas se aplica para casos selecionados”, explica André Bouzas, que coordena o núcleo de cirurgia oncológica do Instituto Brasileiro de Cirurgia Robótica (IBCR). “Essa tecnologia possibilita incisões menores, menos dor no pós-operatório e um tempo menor de internação”.
Ainda de acordo com o especialista, o acesso a um tratamento de qualidade pode fazer toda a diferença na sobrevida das pacientes. “Nosso foco é proporcionar um atendimento integrado, unindo diferentes especialidades para garantir melhores resultados”, completa.
Conscientização – A recomendação dos médicos é clara: mulheres entre 25 e 64 anos devem realizar o exame preventivo regularmente, conforme orientação médica. “Muitas mulheres deixam de fazer os exames por falta de informação ou medo. Precisamos reforçar que a prevenção salva vidas”, enfatiza Cleydson Santos.
Com campanhas como o Março Lilás, a esperança é que mais mulheres tenham acesso ao diagnóstico precoce e ao tratamento adequado, reduzindo os índices de mortalidade e promovendo uma maior consciência sobre a importância dos cuidados com a saúde feminina.
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